Uma cena se tornou comum nas principais cidades de todas as regiões de Minas Gerais: colisões de veículos em postes da Cemig. Esse tipo de acidente, na maioria das vezes, derruba a estrutura, atrapalha o trânsito e deixa parte da população local sem luz. Levantamento da Cemig revela que dez postes são danificados por veículos por dia na área de concessão da empresa, que abrange 774 cidades mineiras.

Em Minas Gerais, o número de postes danificados por veículos supera a marca de 3 mil estruturas por ano. Além disso, os técnicos da Cemig que poderiam fazer outras intervenções para melhoria da rede elétrica são deslocados para fazer a recomposição da rede, um serviço complexo, que demanda a atuação e o tempo de técnicos especializados.

O que acontece quando um poste é danificado por colisão com veículo?

Ao ser colidido por um veículo, o poste pode ficar inclinado ou vir ao chão. Desta forma, cabos da rede elétrica podem se romper, e outros equipamentos do sistema, como transformadores ou religadores, podem ser danificados.

Assim que é acionada, a Cemig envia uma equipe ao local para avaliar a situação da ocorrência e eliminar os riscos elétricos. Em muitos casos, os colaboradores dependem da ação de outros agentes públicos, como policiais militares, agentes de trânsito e bombeiros, uma vez que os acidentes podem envolver vítimas, incêndios e interdições de vias. Quando há realização de inquérito policial, por exemplo, as equipes da Cemig só conseguem iniciar os trabalhos de reparo da rede elétrica, após autorização da polícia

Após eliminar os riscos, o Centro de Operação da Cemig designa um segundo atendimento para executar o serviço de recomposição da rede danificada (equipamentos, poste, cabos etc), de forma a trazer o mínimo de transtorno para os clientes, podendo fazer o escoramento da estrutura com madeira, uma técnica segura e rápida, que evita o desligamento do fornecimento de energia durante um período prolongado. Se não for possível o escoramento imediato, é realizada a troca do poste – procedimento que leva mais tempo. Além disso, a troca do poste, sem a prévia comunicação as empresas de telecomunicações, pode deixar a região sem o serviço de telefonia, internet e TV a cabo, já que essas empresas compartilham a estrutura da distribuidora.

Por que a Cemig faz o escoramento de postes?

Muitas pessoas têm dúvidas em relação a um procedimento paliativo adotado pela Cemig para o restabelecimento de energia o mais rápido possível. Em diversas ocorrências, a companhia apoia o poste derrubado pela colisão de veículos temporariamente com uma peça de madeira. Esse procedimento dura entre duas ou três horas, enquanto a troca de toda a estrutura pode levar um tempo duas ou três vezes maior.

É importante esclarecer que esse procedimento técnico é totalmente seguro e deixa a estrutura com resistência semelhante ao estado original. Geralmente, essa decisão é tomada por ser inviável a troca do poste naquele momento, devido às condições do local da colisão, maior tempo para a substituição definitiva e necessidade de liberação da via pelas autoridades de trânsito.

A Cemig faz o agendamento da troca do poste o mais rápido possível. Para a substituição, é necessário avisar todos os clientes que terão o fornecimento interrompido para a realização do serviço com até 15 dias de antecedência do serviço. Além disso, é necessário fazer contato e alinhar com as empresas de processamento de dados – como telefonia, TV a cabo e internet – que devem regularizar a fiação de sua responsabilidade que porventura tenha sido danificada pela ocorrência.

Qual o valor de um poste e quem deve arcar com o prejuízo?

O motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 5 mil reais. Esse valor pode subir para até R$ 13 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores.

Crédito das fotos: Divulgação Cemig