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Monitoramento da Ictiofauna na Bacia do Jequitinhonha: Um Estudo Continuado

Ao longo dos anos, no monitoramento de ictiofauna na UHE Irapé, tem sido realizadas coletas quantitativas e qualitativas.

23/05/24

Os estudos sobre a ictiofauna na bacia do Jequitinhonha, realizados desde o início dos anos 2000, visam diagnosticar as espécies de peixes existentes antes da implantação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Irapé. Com a formação do reservatório e o início da operação comercial do empreendimento em 2006, os monitoramentos se tornaram uma atividade permanente do Plano de Controle Ambiental, essencial para acompanhar as dinâmicas das assembleias de peixes e os estoques pesqueiros. Essas análises servem como base para intervenções necessárias no manejo das populações afetadas.

Em 2010, durante o processo de renovação da licença de operação do empreendimento, a continuidade dos monitoramentos foi estabelecida como uma condicionante ambiental. Foi então que o Programa de Monitoramento de Ictiofauna foi formalmente instituído, com o objetivo de avaliar, ao longo do tempo e espaço, a composição, abundância, diversidade e biologia reprodutiva das principais espécies de peixes no reservatório de Irapé. Essas informações são cruciais para implementar medidas de proteção à população de peixes da região.

Ao longo dos anos, o monitoramento da ictiofauna na UHE Irapé tem sido conduzido com rigor científico, através de coletas quantitativas e qualitativas realizadas em quatro campanhas anuais – duas na estação chuvosa e duas na estação seca. Estas coletas são feitas em nove pontos distintos, estrategicamente selecionados para representar diferentes influências do barramento. Em 2023, foram coletados 1.436 indivíduos, distribuídos em 31 espécies, 15 famílias e 5 ordens. Entre estas, seis espécies são migradoras, seis são reofílicas, oito são endêmicas e seis são espécies não nativas da bacia do rio Jequitinhonha.

A análise consolidada de todos esses dados ao longo dos anos é de extrema relevância. Ela não só contribui para o conhecimento da ictiofauna na área de influência da UHE Irapé, mas também permite a extração de informações essenciais para a criação de estratégias de conservação para espécies ameaçadas.

A execução do Programa de Monitoramento da Ictiofauna é uma medida obrigatória segundo o licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA, conforme a Instrução Normativa nº 02, de 27 de março de 2012. Este monitoramento contínuo não apenas cumpre as exigências legais, mas também destaca o compromisso com a preservação ambiental e a sustentabilidade das operações da UHE Irapé, refletindo a importância de integrar desenvolvimento econômico e proteção ambiental.