Sob gestão da Cemig, parque Eólico Volta do Rio passa a operar com totalidade de aerogeradores
Energia sustentável gerada pela usina localizada no Ceará é comercializada pela companhia em Minas Gerais
A Cemig celebra, neste mês de março, um novo avanço na diversificação de sua matriz energética, que é 100% limpa. A companhia colocou em funcionamento, nos últimos dias, todos os 28 geradores do Parque Eólico Volta do Rio, subsidiária sob gestão integral da Cemig desde 2018, ano em que a planta de geração foi adquirida pela empresa. Desde então, apenas seis aerogeradores se encontravam em funcionamento. Com o retorno da operação dos outros 22 equipamentos, a companhia registra um aumento de cerca de 78% na receita do empreendimento.
Ao assumir a gestão do parque eólico, há cinco anos, a Cemig deu início a um projeto de reforma e recuperação da usina, localizada no município de Acaraú (CE), a 240 km a oeste da capital Fortaleza. Trata-se da única fonte geradora da companhia fora do estado de Minas Gerais, por motivos naturais, ou seja, condições favoráveis propiciadas pelos ventos da região em que se encontra o parque. Ainda assim, o produto desse investimento sustentável em geração é comercializado por Minas Gerais.
Conclusão
No início de 2023, a reforma do parque foi concluída e anunciada pela Cemig. Agora, um novo passo foi dado com o retorno dos novos geradores, acarretando ganhos exponenciais para a companhia. É o que explica o supervisor técnico de ativos de geração da Cemig, Alberto Nogueira de Abreu. “A geração do parque é renumerada utilizando como referência a tarifa do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que hoje gira em torno de R$800,00 por MW/H. Diferente das hidráulicas, na geração eólica a receita é baseada na geração efetiva do parque”, pontua o supervisor.
“Houve um trabalho incessante de todas as áreas da Cemig para o retorno da potência nominal do parque. O ponto mais desafiador foi encarar uma tecnologia completamente diferente da base de conhecimento da empresa, uma vez que nunca havíamos trabalhado com geração eólica”, comenta Abreu. “Houve dedicação de todos os empregados, visando conhecer e se aprofundar nos sistemas desta nova tecnologia”, completa o supervisor.
Para o diretor de Geração e Transmissão da Cemig, Thadeu Carneiro da Silva, o empenho da equipe da Cemig deve ser reconhecido. “Este foi um dos projetos mais complexos que o time da Cemig já encarou. Tivemos que transferir a empresa para dentro da governança da Cemig e assumir um tipo de ativo ainda desconhecido, com uma Linha de Transmissão em 230kV quase que totalmente deteriorada. Conseguimos superar o marco de 81% da taxa de conversão do recurso eólico disponível em energia elétrica. Agora, é hora de celebrar essa conquista”, declara o diretor.
Crédito das fotos: Arquivo/Cemig
Nova matriz energética: Após concluir a montagem dos aerogeradores que estavam fora de operação, a companhia registra um aumento de cerca de 78% na receita do empreendimento.