Cemig atualiza a condição de operação de seus reservatórios
Com um início chuvoso da estação úmida, a Cemig vem a público atualizar as informações sobre os níveis de seus principais reservatórios.
Como estão os reservatórios da Cemig?
O volume dos 8 principais reservatórios operados pela Cemig em 11 de novembro está exibido a seguir. Dentre estes reservatórios, Camargos, Emborcação, Irapé, Nova Ponte, Queimado e Três Marias são reservatórios de Usinas Hidrelétricas despachadas em conjunto com o Operador Nacional do Sistemas, ONS. São exibidos também os armazenamentos de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) operadas pela Cemig, Cajuru e Peti, que também possuem reservatórios de acumulação.
Os armazenamentos de todos os principais reservatórios da Cemig, para o dia 11 de novembro de cada ano, estão apresentados no gráfico a seguir:
Os níveis verificados ao final de outubro permanecem em patamares mais reduzidos se comparados a anos anteriores para a maioria dos reservatórios, mas com o início da estação úmida com chuvas acima da média na maior parte do estado, o prognóstico para os próximos meses já não é tão crítico em relação ao último alerta publicado.
E os demais reservatórios da Cemig?
Os reservatórios apresentados acima são chamados de reservatórios de acumulação, que possuem potencial para armazenamento de grandes volumes de água, propiciando a regularização de vazões ao longo do ano.
Os reservatórios de acumulação apresentam o comportamento de enchimento ao longo da estação chuvosa e esvaziamento na estação seca, possuindo grande volume armazenado e grande variação de nível ao longo do ano. Para estes reservatórios, exibidos acima, a informação sobre armazenamento é muito representativa.
Confira, no vídeo a seguir, como é o funcionamento deste tipo de reservatório.
Os demais reservatórios da Cemig são considerados reservatórios a fio d’água, que não possuem volume significativo para propiciar a regularização de vazões. Nestes reservatórios o nível mínimo é próximo ao máximo, podendo ocorrer variações frequentes de nível, diretamente relacionadas com o tipo de operação hidráulica executada na usina. Para estas usinas o percentual de armazenamento não é representativo para avaliar a disponibilidade hídrica.
A localização dos principais reservatórios da Cemig, classificando-os por tipo (acumulação ou fio d’água), pode ser visualizada no mapa a seguir:
O que foi feito durante esse período de crise hídrica?
Dado o prognóstico ruim de vazões ao longo do ano de 2021, a Cemig disparou diversas ações de comunicação, visando manter alertas possíveis impactados devido ao baixo armazenamento que os reservatórios viveriam ao longo do ano. Além da presença em fóruns de gestão de recursos hídricos, entrevistas e notas aos veículos de imprensa, foram tomadas ações de gestão sob coordenação do ONS para poupar o uso do despacho de tais usinas.
Ainda assim, dado que mesmo gerando apenas o mínimo de energia para as usinas, para diminuir a taxa de esvaziamento, a Cemig dedicou suas equipes de engenharia para testes de flexibilização operativa, operando de maneira a liberar ainda menos que o projeto para seus conjuntos de turbinas e geradores. Visitas a campo e inspeções foram realizadas pelas equipes de meio ambiente, no entorno dos reservatórios mais críticos, buscando identificar novos riscos e disparar ações de mitigação caso fossem identificadas situações preocupantes.
O que mudou nesse mês de novembro? Essas chuvas já encheram os reservatórios?
A precipitação verificada no primeiro mês da estação chuvosa, outubro, esteve próxima ou acima da média para a maior parte de Minas Gerais. Porém, tal volume é insuficiente para reverter a condição crítica de armazenamento dos grandes reservatórios de acumulação. Para este tipo de reservatório, são necessários sucessivos meses com chuvas significativas para que ocorra a recuperação. Ou seja, da mesma maneira que a sequência de anos secos veio resultando nos armazenamentos críticos de 2021, será necessário uma série de períodos chuvosos para o retorno a uma situação mais confortável. Assim, em alguns reservatórios, como Emborcação e Nova Ponte, para uma condição de chuvas próximas à média histórica são necessários múltiplos anos para que o reservatório chegue a seu nível máximo, dado o baixo armazenamento atual e a grande capacidade de armazenamento do reservatório.
Os gráficos a seguir apresentam o acumulado de precipitação (mm) para o mês de outubro, e a análise do verificado em relação à climatologia (média histórica). Este segundo gráfico é conhecido como anomalia de precipitação, sendo que as regiões com tonalidades azuis indicam valores superiores à média histórica, enquanto os tons vermelhos representam chuvas abaixo da média.
As previsões de precipitação para os próximos meses indicam a permanência de chuvas acima da média histórica, o que deve contribuir para a recuperação dos reservatórios. Estas chuvas contribuem também para a maior disponibilidade de geração nas usinas a fio d’água, devido ao aumento das vazões naturais dos rios, reduzindo a necessidade de geração nos grandes reservatórios. Associado a isto, as ações deliberadas pela CREG (Câmara de Regras Excepcionais para a Gestão Hidroenergética) permanecem em vigor, com despacho de todo o parque termelétrico, permitindo a poupar a liberação de água nos principais reservatórios de acumulação do país visando seu reenchimento ao longo da estação chuvosa.
Este início de período chuvoso dentro do esperado e previsão de continuidade do regime de chuvas indicam que a condição sistêmica já não é tão crítica para os reservatórios da Cemig e para o Sistema Interligado Nacional (SIN), de modo geral. Para os próximos meses são esperados armazenamentos superiores aos atuais, devendo atingir ao término da estação chuvosa volumes superiores aos verificados no início de 2021.
Destaca-se que para este início de período chuvoso já podem ocorrer os primeiros eventos de cheias naturais, com maiores efeitos principalmente para as usinas a fio d’água, cujo funcionamento está explicado no video abaixo, e usinas com pequenas bacias hidrográficas.
Onde posso acompanhar os armazenamentos no dia a dia?
A Cemig vem acompanhando constantemente a condição de seus reservatórios e as perspectivas para os próximos meses, de forma a contribuir para o atendimento ao uso múltiplo das águas.
Com o objetivo de buscar um relacionamento mais próximo e transparente junto à comunidade e órgãos de Defesa Civil, a Cemig desenvolveu o aplicativo Prox, disponível de forma pública e gratuita para Android e iOS. No app é possível configurar quais são as usinas de interesse e visualizar, em tempo real, qual a condição operativa de cada reservatório (níveis, percentual de armazenamento, vazões afluentes e defluentes, além do monitoramento dos rios afluentes aos reservatórios).